Em uma tarde qualquer, dois especialistas, Niels Kaastrup-Larsen e Richard Brennan, sentam-se para conversar sobre mercados. Nada de formalidade rígida. O tom é leve, meio risonho até, como se fossem velhos amigos trocando ideias sobre as pequenas e grandes surpresas do mundo financeiro. Só que, desta vez, o pano de fundo é ainda mais interessante: estamos diante de mudanças rápidas, com a inteligência artificial forçando todos a repensarem o que entendem por risco e imprevisibilidade. Brennan solta: “Já ouviu falar do ChatGPT5? Impressionante o que isso consegue fazer, não?”
Eles não demoram para entrar no assunto. A evolução da IA está acelerada, cada semana surgindo novas aplicações. Não é mais uma questão de se a tecnologia vai afetar o mercado, mas de quando e como isso vai acontecer.
Entre gargalhadas baixas, lançam perguntas provocativas: será que o futuro será mais seguro ou mais incerto por causa dessas máquinas? Talvez um cenário otimista traga ganhos de produtividade e soluções para dilemas antigos. Num cenário intermediário, IA vira só mais uma ferramenta. No pior – bom, todos já imaginaram, nem vale repetir. Há questões éticas, preocupações reais com desemprego, segurança e dependência crescente de sistemas automatizados. Parece dramático, mas se você acha exagero, pense só no tamanho da diferença que essas inovações já trouxeram para os mercados nos últimos 5 anos.
No Invista Já, sempre repetimos internamente que “imaginar o inimaginável” virou quase uma regra, e não exceção.
O imprevisível se tornou comum.
Com IA acelerando tudo, até os mercados ficam mais temperamentais. Não lembra daquela estabilidade de antigamente. O inesperado faz parte do jogo, e quem administra estratégias sistemáticas precisa virar quase “roteirista de ficção científica” para se antecipar aos choques vindouros.
Olhando o retrovisor: tendências e volatilidade recentes
Agora, vendo os números recentes, não dá para negar: a foto dos principais índices mostra um quadro de altos e baixos. O BTOP50 subiu, mas com solavancos consideráveis. O SocGen CTA acompanhou, ainda que com caminhos levemente diferentes. O Trend Index está no radar dos investidores, entregando desempenho compatível ao esperado, segundo matérias e relatórios que cobrem o setor.
No lado das ações, o MSCI World ainda mantém o fôlego, com o S&P oscilando na corda bamba entre otimismo e cautela. Em commodities, ondas de volatilidade intensificaram tudo: tendência firme nos grãos alternou com reversão brusca no petróleo. O bitcoin? Alternou ralis com pancadas para baixo, digno de qualquer série sobre adrenalina em Wall Street. Mercados de estresse, como crédito e high yield, ficaram ainda mais sensíveis ao menor rumor macroeconômico.
Não por acaso, quem acompanha o Invista Já vê de perto debates calorosos sobre volatilidade, reversão de tendências e incerteza. Por trás disso, há discussões profundas sobre os tipos de comportamentos de mercado, tema muito bem detalhado neste artigo do InfoMoney, e que todo investidor deveria conhecer.

Quatro arquétipos, muitos caminhos: a essência dos trend followers
Pouca gente para pra pensar, mas o mundo dos “seguidores de tendência” não é homogêneo. Não existe um único tipo. O universo de quem aposta em tendências pode ser dividido, quase como personagens de uma história, em pelo menos quatro arquétipos distintos. Cada um deles tem um propósito, uma filosofia. E acredite: isso muda tudo.
- Replicadores: Aqui o objetivo é colar no benchmark. Exemplos práticos incluem gestores como Andrew De Beer, que preferem um número reduzido de mercados líquidos para garantir previsibilidade, controle de volatilidade e uma carteira o mais “smooth” possível; posições são ajustadas para seguir de perto algum índice de referência.
- Diversificadores: Usam modelos de tendência como um “satélite” para suavizar e diversificar portfolios tradicionais. Não querem bater o mercado em eventos extremos, mas sim amortecer quedas; buscam correlação baixa e, acima de tudo, fácil operacionalização.
- Gestores de risco de crise (convexidade): Foco na famosa convexidade – ou seja, pequenas perdas na maioria dos momentos, e grandes resultados em choques severos. Ideais para quem quer proteger o portfólio em recessões ou crises sistêmicas.
- Caçadores de outliers: São os alpinistas do risco. Procuram eventos raros, tendências extremas que “pagam o portfólio” durante anos. Gostam de máxima diversidade, incluindo mercados pouco líquidos, aceitam mais volatilidade, e vivem para encontrar aquele movimento raro, gigante.
Cada perfil desse responde a um chamado diferente. Não dá para dizer que um é melhor que o outro. Depende do objetivo, da tolerância ao risco, até do jeito de ser do investidor.
Afinal, como cada tipo de trend follower se diferencia?
Detalhando um pouco mais:
- Replicadores: Preferem aderência ao índice, poucos mercados, praticamente zero surpresa. O foco está em “tracking error” baixo, volatilidade suavizada e reatividade moderada.
- Diversificadores: Procuram enfraquecer a correlação com ações e renda fixa, sem buscar ruptura total. A lógica é adicionar “smoothness” a um portfolio tradicional, sem sustos. Preferem mercados líquidos e regras simples.
- Gestores de Convexidade: Aqui, o foco é maximizar o retorno em momentos de crise, mesmo que isso signifique perder oportunidades em ciclos de bonança. Pensam muito mais na simetria dos retornos do que em métricas tradicionais como Sharpe.
- Caçadores de Outliers: Não abrem mão da máxima diversificação. Há quem opere portfólios de 68 mercados! E o curioso: desses 68, 27 tiveram performance negativa, mas o conjunto atingiu MAR 0,8 (retorno sobre drawdown). Ao reduzir para apenas 30 mercados escolhidos aleatoriamente, só 12% dos portfólios bateram esse resultado. Isso mostra que a diversificação é, literalmente, o “oxigênio” do caçador de outliers. Quanto mais mercados, maior a chance de pegar aquele movimento raro e decisivo.
Diversificação não é só uma escolha. Para muitos, é sobrevivência.
Onde vivem os debates?
Editores, analistas e debatedores nunca chegam a um consenso definitivo: qual o melhor caminho? Há discussões recorrentes e, francamente, calorosas sobre:
- Diversificação versus concentração
- Momentum absoluto versus relativo
- Ajustes dinâmicos de volatilidade versus posições estáticas
- Simetria versus assimetria nas regras de entrada/saída
- Velocidade de execução versus paciência quase filosófica
Cada decisão puxa métricas diferentes para o centro do debate: Sharpe para quem quer suavidade, MAR para quem quer grandes acertos, drawdown para quem teme sustos, convexidade para os obcecados por proteção em crise. Não existe receita única.
Limites e riscos: quando a diversificação vira problema
A diversificação, por exemplo, pode ser quase um dogma para os caçadores de outliers, mas não é isenta de riscos. Operar muitos mercados significa enfrentar problemas com liquidez, maiores custos, riscos regulatórios em países menos transparentes, e, claro, a exigência de capital disponível.

O segredo não é fazer tudo. É saber o que realmente faz sentido para você.
Combinar arquétipos: a dica prática para montar portfólios
Ao escolher um seguidor de tendência, talvez a decisão mais inteligente seja combinar diferentes arquétipos em vez de buscar aquele gestor “faz-tudo” impossível. Não faz sentido esperar que um só entregue smoothness, convexidade e caça aos outliers ao mesmo tempo – objetivos diferentes pedem estratégias diferentes. O Invista Já, por exemplo, sempre orienta os clientes a pensar primeiro no objetivo e só então montar o mix de gestores e modelos. Design importa, mas alinhamento de propósito vem antes de tudo.
Resumo e convite à reflexão
No final da conversa, Niels e Richard voltam ao clima descontraído. Riem sobre previsões furadas, contam pequenas situações onde a IA deixou todos de queixo caído (alguns bugs engraçados no ChatGPT5, por exemplo). Quem está ouvindo sente que não existe unanimidade nem caminho acabado, mas só o compromisso com o alinhamento entre propósito e sistema. Da próxima vez, prometem abordar como os robôs podem – ou não – aprender a lidar com emoções em estratégias sistemáticas. Curioso ver como, a cada episódio, todos revêem os próprios paradigmas.
Pegue um tempo: reflita sobre qual arquétipo faz mais sentido para você. No Invista Já, o objetivo é aproximar você dessas escolhas de forma clara, sem falsas promessas. Conheça nossas soluções, descubra como a tecnologia pode, sim, ser uma aliada – mas só se usada com clareza de propósito.
Perguntas Frequentes
O que é Trend Following?
Trend Following é uma estratégia de investimento baseada na identificação e acompanhamento de tendências de mercado, buscando capturar movimentos prolongados de alta ou baixa em ativos financeiros. O método foca em seguir tendências já estabelecidas, usando regras objetivas para entrada e saída, sem tentar prever reversões.
Quais são os 4 tipos principais?
Os quatro principais tipos de Trend Followers são: replicadores (que seguem benchmarks de perto), diversificadores (usam tendência para suavizar portfólios tradicionais), gestores de risco de crise/convexidade (protegem contra quedas extremas) e caçadores de outliers (buscam grandes tendências raras com máxima diversificação).
Como começo a investir em Trend Following?
Começar pode ser simples: entenda primeiro qual arquétipo se encaixa no seu perfil e objetivos. Depois, busque plataformas especializadas como o Invista Já para testar diferentes estratégias em simulações ou contas reais, priorizando clareza de regras, histórico de performance e custo operacional.
Trend Following é seguro para iniciantes?
Trend Following pode ser indicado para iniciantes desde que haja compreensão dos riscos. Estratégias objetivas e regras bem definidas ajudam a evitar decisões impulsivas. O essencial é diversificar, começar com pouco capital e, sempre que possível, contar com suporte de especialistas.
Vale a pena usar Trend Following no Brasil?
Sim, vale a pena, pois o mercado brasileiro oferece oportunidades claras de tendências, tanto em B3 quanto em ativos como dólar e commodities. Além disso, com a ajuda de projetos como o Invista Já, as barreiras tecnológicas e o acesso a estratégias sofisticadas diminuem bastante, democratizando essa prática para investidores de diferentes perfis.
