Tela detalhada de um robô de trading executando ordens com gráficos financeiros e dados de mercado ao fundo

Imagine o seguinte: você programa uma ordem de compra ou venda automatizada, confiando na precisão da máquina. Mas no momento da execução, percebe que o preço obtido foi diferente do que planejava. Isso, em poucas palavras, é chamado de slippage ou deslizamento. Essa diferença, aparente ou discreta, pode impactar o resultado de quem opera, seja manualmente ou com robôs sofisticados do Invista Já.

O que é slippage e por que acontece?

O conceito é simples, embora a causa seja multifacetada. A diferença entre o preço esperado de uma ordem e o preço realmente executado recebe o nome de slippage. Por mais que pareça estranho, esse fenômeno ocorre até nos mercados mais modernos, inclusive na B3 e nos internacionais.

Tela de computador mostrando executando ordem de trading.

O deslizamento pode ocorrer tanto na compra quanto na venda. Se o ativo está muito volátil ou pouco líquido, a chance aumenta. Por exemplo, você envia uma ordem para comprar uma ação a R$10,00, mas acaba adquirido por R$10,04. Parece pouco? Numa operação de alta frequência, essas diferenças se somam.

Slippage é quando a tecnologia esbarra na realidade do mercado.

Principais causas: volatilidade, liquidez e volume

Volatilidade: Mercados agitados podem alterar preços em fração de segundos. Notícias inesperadas, anúncios de balanços e movimentos políticos costumam aumentar esse fenômeno.

Liquidez de mercado: Se pouca gente está comprando ou vendendo, a diferença de preços entre as ofertas se amplia. O “escorregão” acontece porque não existem ordens suficientes no preço exato enviado.

Volume de ordens: Investidores institucionais ou robôs de grandes volumes costumam impactar o livro de ofertas rapidamente. Quem chega depois, muitas vezes, pega um preço já alterado.

  • Eventos econômicos inesperados afetam vários ativos ao mesmo tempo.
  • Ativos menos negociados costumam ter spreads maiores e, portanto, mais slippage.
  • Horários de baixa liquidez, como antes da abertura ou próximo ao fechamento, são mais arriscados.

Slippage não é spread: entenda a diferença

Confundir os dois é comum, mas são coisas bem distintas. Spread é a diferença entre o melhor preço de compra (bid) e o melhor de venda (ask) no livro de ofertas naquele momento.

Já o deslizamento trata do gap entre o preço que você queria e aquele realmente conseguido. Ou seja:

  • Spread: diferença pré-existente no preço de compra e venda.
  • Slippage: diferença entre preço solicitado na ordem e o executado efetivamente.

Pode acontecer de você encontrar um spread pequeno, mas ter um grande deslizamento pela velocidade das mudanças no livro de ofertas. Isso é ainda mais visível em algoritmos automáticos, que disputam cada centavo.

Exemplos práticos de impactos positivos e negativos

Nem sempre o slippage será ruim. Já pensou? Às vezes, quem programa uma ordem de compra para R$20,00 pode ser executado a R$19,99. Este caso é chamado de slippage positivo, normalmente por sorte ou execução eficiente. Mas a situação inversa, a mais comum, chama atenção.

  • Impacto negativo: Ordem programada para R$15,00, executada a R$15,05, reduzindo o ganho do trader.
  • Impacto positivo: Venda prevista para R$12,10, mas realização em R$12,12, aumentando o lucro por pequena margem.

É raro, porém possível, que sequências de slippages positivos compensem eventuais perdas. No entanto, o natural é que o impacto seja considerado um custo das operações, e por isso o Invista Já recomenda gerenciamento constante.

Por que a gestão de risco é ainda mais relevante nas operações automatizadas?

Quando delegamos entradas e saídas para algoritmos, a expectativa é rapidez e precisão. Mas robôs não alteram a realidade do mercado. Pelo contrário, executam ordens conforme regras, sem adaptar-se a uma mudança repentina, a não ser que estejam programados para reagir ao ambiente.

No Invista Já, sempre reforçamos que a gestão de risco deve ser parte do código. Isso significa alertar para possíveis diferenças e estruturar os robôs com limites máximos de tolerância ao deslizamento.

Gráfico colorido com robô analisando métricas financeiras.
Robôs, sozinhos, não previnem deslizes. Monitoramento é indispensável.

Estratégias práticas para mitigar o deslizamento

Algumas atitudes simples podem ajudar bastante:

  1. Prefira ordens limite a ordens a mercado.
    • Ordem limite define o preço máximo (compra) ou mínimo (venda), evitando execuções inesperadas.
    • Em contrapartida, pode haver o risco de não execução da ordem se o mercado não tocar o preço estipulado.
  2. Opte por ativos de liquidez alta.
    • Quanto mais negociado, menor o risco de grandes desvios entre preço e execução.
  3. Evite horários de pico ou baixa liquidez.
    • Antes ou depois de grandes anúncios, ou ainda no pré e pós-mercado, o slippage tende a aumentar.
  4. Ajuste o tamanho das ordens ao volume negociado.
    • Ordens excessivamente grandes podem consumir rapidamente o livro de ofertas, gerando maior diferença no preço.
  5. Automatize o monitoramento.
    • Use plataformas como Invista Já para integrar alertas, estatísticas de slip e ajustes automáticos nas estratégias.

Uma observação: até mesmo quem não opera com algoritmos precisa estar atento. Mas quem emprega robôs pode detectar padrões e configurar respostas rápidas, desde evitar operar em momentos arriscados até alterar parâmetros na rotina.

O papel do monitoramento constante e de plataformas confiáveis

Monitorar significa muito mais do que olhar as operações no final do dia. Plataformas robustas, como aquelas oferecidas pelo Invista Já, permitem acompanhar cada centavo de diferença entre o que foi planejado e o que efetivamente ocorreu.

Monitoramento constante traz benefícios claros:

  • Detecta problemas antes que virem prejuízo.
  • Ajusta estratégias em tempo real.
  • Permite revisões rápidas em algoritmos antes de perdas maiores.
  • Faz com que traders não sejam pegos de surpresa por volatilidade anormal.
O segredo não está em evitar o slippage, mas em saber lidar com ele.
Monitor de computador com gráfico financeiro sendo acompanhado.

Compreendendo e gerenciando slippage no algotrading

No universo do trading automatizado, cada fração de segundo importa. Saber reconhecer, medir e reagir ao deslizamento pode fazer toda a diferença, seja para quem busca ganhos consistentes com algoritmos ou para o investidor individual que apenas quer evitar surpresas desagradáveis.

Ao escolher ferramentas como a plataforma do Invista Já, o investidor amplia sua chance de agir rapidamente diante de cada desafio, configurando robôs e acompanhando indicadores em tempo real. Sim, o mercado é vivo. E é preciso estar sempre atento ao inesperado, ajustando estratégias, estudando novas abordagens e, acima de tudo, nunca subestimando a força de um slippage, positivo ou negativo.

No fim das contas, conhecer o risco é o primeiro passo para avançar com segurança.

Conheça o Invista Já e descubra como nossas soluções podem ajudar você a transformar riscos em oportunidades. Experimente nossos robôs, tire suas dúvidas e comece uma trilha de mais controle e performance no trading algorítmico.

Perguntas frequentes sobre slippage

O que é slippage no mercado financeiro?

Slippage é a diferença entre o preço definido para executar uma ordem e o preço realmente realizado na corretora. Isso pode ocorrer por volatilidade, falta de liquidez ou grandes volumes de ordens, resultando em execução a preços diferentes do esperado.

Como evitar slippage em ordens automatizadas?

Não é possível evitar completamente, mas é possível minimizar. Utilize ordens limite, prefira ativos líquidos, opere fora de horários de eventos importantes, ajuste o tamanho de suas ordens e monitore constantemente o mercado usando ferramentas automatizadas como as do Invista Já.

Slippage é sempre negativo para o trader?

Não. Embora normalmente o deslizamento traga um pequeno prejuízo, ocasionalmente ele pode ser favorável, quando a ordem é executada a um preço melhor que o desejado. No entanto, o resultado neutro ou negativo é, de fato, o mais frequente.

Quais fatores aumentam o risco de slippage?

Os principais fatores são alta volatilidade, baixa liquidez do ativo, grande volume de ordens em pouco tempo e horários com menos participantes no mercado. Notícias inesperadas também contribuem para elevações rápidas no risco de deslizamento.

Como calcular o impacto do slippage?

Basta subtrair o preço esperado do preço executado e multiplicar pela quantidade negociada. Por exemplo: se comprou 100 ações esperando pagar R$10,00 e pagou R$10,03, o efeito do slippage será de 100 x R$0,03 = R$3,00 a mais.

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Flavio Araújo

Sobre o Autor

Flavio Araújo

Com mais de 10 anos de experiência no Mercado Financeiro e 6 anos de especialização em algotrading, uno minha formação em Engenharia e MBA em Mercado de Capitais para cumprir um objetivo claro: democratizar o acesso à matemática e tecnologia de ponta para traders brasileiros. Interessado em levar suas operações para o próximo nível? Entre em contato pelo WhatsApp para conversarmos.

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